domingo, 22 de maio de 2011

Tricot ... com amor


É ... parece que o verão foi mesmo embora.
E estes últimos dias gelados tiraram do armário jaquetas, blusas, botas e cachecóis ... ah, os cachecóis!!!! Simples acessórios, mas cada cachecol do meu armário tem uma história, uma lembrança.

Tem os que a Hi e a Sel fizeram, naqueles anos de intensa produção delas ... ah, Carol, seus anos de cursinho renderam lindos adornos pro meu pescoço! Tem o que a mamãe fez quando o Tiago nasceu ... quase 5 anos depois, continua lindo ... aquecendo meu pescoço e o meu coração com as lembranças da mamãe tricotando o cachecol.
Tem os que eu mesma fiz, juntando linhas e agulhas ... menos preocupada com a produção final e mais querendo esvaziar a mente de preocupações e só ocupar as mãos ... alguns bonitos trabalhos foram produzidos desta tricoterapia.
E o mais novo exemplar do meu guarda-roupa (que aliás, acabei de descobrir com a Nat que continua com hífen), o cachecol que eu ganhei da minha filha linda no último Dia das Mães.
Herdando a habilidade da família, a pequena da família também leva jeito pra coisa. E neste final de semana, ela quis aprender a tricotar (o cachecol do Dia das Mães foi feito de crochê).

E, ensinando a Nat a tricotar, me perdi e me encontrei nas minhas lembranças ... entre pontos perdidos e os pontos que "deram cria", lembrei do meu processo de aprendizagem. Um colete amarelo foi minha primeira produção, e acho que até outro dia ele ainda "rolava" pelas coisas em casa.
Hoje, sentada no sofá, eu e minha pequena, juntas na arte de tricotar, lembrei dos vários dias que passei do lado da mamãe tricotando, cada uma com o seu tricot na mão, criando lindas obras de arte.

E a partir de hoje, cada vez que eu vestir um cachecol, feito pela mamãe, por mim ou pelas minhas irmãs ... e agora, também pela minha filha, vou lembrar não só da história deste acessório, mas também do grande amor que ele carrega. Amor de quem fez, amor de quem ensinou, amor que atravessa gerações, amor herdado na habilidade das mãos.
E vendo o cachecol que sai das mãos da Nat, tenho a certeza de que as mãos habilidosas da mamãe ficarão vivas na herança desta família ... mãe, você deixou mesmo o seu legado .. até nos cachecóis ... te amo pra sempre!

domingo, 8 de maio de 2011

母の日 - quanta saudade!




Hoje foi um dia muito feliz. Ganhei abraços apertados dos meus tesouros, ganhei presente, passei o dia com pessoas muito queridas, pude dar Feliz Dia das Mães pra minha madrinha querida.
Mas alguma coisa estava vazio no meu coração ... faltava alguém pra ligar no final do dia, faltava ouvir a sua voz do outro lado do telefone, faltava você!

Voltando pra casa hoje a noite, lembrei de todos aqueles anos em que trabalhamos juntas no Dia das Mães ... como você trabalhava duro no seu dia, né?
O dia começava cedo ... eu acordava meio tonta, te dava parabéns pelo seu dia, meio dormindo, meio tentando acordar ... e a gente passava o dia inteiro no cemitério vendendo flores, eu mal via você o dia inteiro.

E à noite, mesmo depois de um dia cheio e cansativo, você sempre fez questão de me levar a rodoviária. Quanta saudade ... de olhar pra você de dentro do ônibus, me dando tchau, esperando até o ônibus sair da rodoviária.

Me despedir de você sempre foi difícil, mas a força que você sempre me passou com o sorriso e me dizendo "がんばって!" me fazia ser mais forte e superar as lágrimas. Afinal, eu não podia e não queria te decepcionar.
Acho que naquela época, eu nem imaginava um Dia das Mães sem você.

E hoje, neste dia dedicado às mães, só posso querer mais uma vez ser mais forte e tentar ser uma mãe perto do que você já foi. Espero ter aprendido tudo o que você sempre me ensinou e conseguir passar um pouco disso tudo para os meus filhos.
E como disse a Nat hoje "se você perdeu a sua mãe, é só procurar!" ... e eu percebi que eu não te perdi. Você continua no meu coração, nas minhas lembranças, na minha saudade.

Vou te amar pra sempre, e lembrar sempre de todos aqueles Dia das Mães que trabalhamos juntas, e do esforço sem igual que você fazia pra me levar à rodoviária quando o que você mais queria era deitar na sua cama pra descansar..... saudade, mãe!