domingo, 27 de novembro de 2011

E viva a amizade!!!!

Yuujou = amizade

Esta foi uma semana intensa ... começou com memórias e lembranças de um grande amigo que se foi há um ano ... amigo, daqueles que a gente não encontra em qualquer lugar. Amigo, quase irmão ... esteve do meu lado no período mais difícil que eu tive que enfrentar. Presente, amigo, companheiro ... trouxe palavras e abraços em momentos doloridos ... me deu a mais valiosa amizade. Desde que ele se foi, me sinto um pouco órfã ... com a sensação de que me falta um apoio, me falta um pilar ... me falta um amigo.

Estive presente na missa de um ano em memória a sua partida. Muitas lembranças, muitas lágrimas, muita tristeza e muita reflexão ... mas de alguma forma um conforto poder estar perto de sua família e seus amigos. Estar próxima da Denise e das crianças, me faz sentir o Alexandre mais perto ... me faz sentir abençoada por ter tido a amizade dele. Manter esta amizade pela Denise e pelas crianças é quase uma forma de agradecimento a tudo o que este grande amigo sempre fez por mim. Acompanhar o crescimento das crianças, comemorar a sua evolução foi a melhor forma que eu encontrei de dizer obrigada.

Com o tempo, esta dor deve diminuir, as lembranças serão apenas memórias e a tristeza vai virar só saudade. Neste dia, quero poder olhar as crianças, talvez já crescidas, e contar a elas sobre a pessoa maravilhosa que seu pai foi ... e o quanto eu fui feliz por ter sido amiga dele.

E, ainda emocionada e sensibilizada pelas lembranças desse grande amigo, fui para um final de semana encantado. Muito riso, muita diversão, muita alegria, muito sol e piscina. Estamos todos acabados, precisando dormir uma semana seguida para nos recuperar do final de semana agitado. Mas feliz em sentir que saio de um encontro de amigos.
Unidos pela escola em comum de nossos filhos, formamos uma turma animada e alegre, sempre pronta para nos apoiar um aos outros. Tenho dois filhos, que já passaram por diferentes turmas de escolas ... mas esta é uma turma diferente. Meu pequeno já saiu da escola, já tem outra turma de colégio ... e eu fico muito feliz em ainda fazer parte desta turma encantada.

Sempre digo que este encontro de mães não foi por acaso. Esta é uma turma especial, formada por pessoas muito queridas. Eu tenho uma satisfação enorme em perceber que mesmo depois de um ano fora da turminha da escola, continuamos juntos e no coração desta gangue dos vermelhinhos. Amigos que levo no coração, momentos memoráveis que tivemos este final de semana ...

E termino a semana reverenciando os bons amigos. E tendo a certeza de que os meus amigos são mesmo o maior tesouro de minha vida. E viva os amigos!!!!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Conectada a Cultura Japonesa




Esta semana, a Natália decidiu que quer apresentar uma dança japonesa no show de talentos na casa da amiguinha .... e lá fui eu, procurar uma música japonesa, lembrar da coreografia, e ensinar pra ela .... "Haru yo koi ... hayaku koi ..."

E junto com a coreografia que ainda está na minha cabeça, vieram várias lembranças ... de todos os taikais que participei, dos bastidores, das viagens, dos ensaios ... e muito, mas muito da minha mãe.
Minha mãe sempre gostou muito de dançar, e mesmo nos últimos anos afetados pelo Alzheimer, ela ainda dizia que estava ocupada com os ensaios de odori.

Nesta época, eu não pensava muito no que podia acontecer depois que eu me tornasse adulta ... tudo parecia tão intenso, tão duradouro ... achava natural ter taikai todo final de semana, ir de uma cidade pra outra .... coloca kimono .... "ai, tá muito apertado!" ... brigava com a minha mãe porque meu cabelo não tinha ficado como eu queria ... "não faz maquiagem branca ... fico parecendo um fantasma!!!!" .... como eu implicava com tudo!!!!

Aliás, perfeccionismo herdado pela leonina maior da casa ... a minha mãe gostava de tudo perfeito! Nada podia ser mais ou menos ... e esta herança me persegue até hoje, no trabalho, no casamento, com meus filhos ... tento pegar mais leve com as crianças, mas quando vejo, estou corrigindo a lição errada, apagando para fazer de novo, "desta vez caprichado!".

A minha mãe gostava tando de odori, que se dispôs a ir até Santa Rita do Sapucaí, me vestir para eu dançar no festival da academia de dança da cidade ... acho que foi a última vez que eu vesti kimono. Depois disso, me afastei de qualquer atividade da cultura japonesa ... a correria da minha vida adulta não deixou muito espaço para isso ... e aqui em Campinas, nunca me interessei em frequentar os clubes da colônia.

Mas agora, vendo a Natália se interessar, e me pedindo para ensinar a dançar uma dança japonesa, um orgulho enorme invade meu coração e parece que entendo um pouco todo o orgulho que a minha mãe sempre demonstrou por mim. Como ela inflava o peito cada vez que alguém me elogiava ... dizia sem nenhuma modéstia que eu gostava tando de dançar que estava ficando cada vez melhor.
Nos passos da dança da Natália, sinto a minha mãe mais perto, e grita dentro de mim uma necessidade de resgatar esta conexão com a cultura japonesa ... como se não pudesse deixar morrer estra tradição ...

E nas músicas japonesas que estão no meu iPod ... e nas novelas japonesas que eu acompanho ... sinto um pedacinho da minha mãe me guiando, me lembrando o valor e a importância de manter um pouquinho da tradição japonesa nesta correria do meu mundo de adulta.