domingo, 27 de novembro de 2011

E viva a amizade!!!!

Yuujou = amizade

Esta foi uma semana intensa ... começou com memórias e lembranças de um grande amigo que se foi há um ano ... amigo, daqueles que a gente não encontra em qualquer lugar. Amigo, quase irmão ... esteve do meu lado no período mais difícil que eu tive que enfrentar. Presente, amigo, companheiro ... trouxe palavras e abraços em momentos doloridos ... me deu a mais valiosa amizade. Desde que ele se foi, me sinto um pouco órfã ... com a sensação de que me falta um apoio, me falta um pilar ... me falta um amigo.

Estive presente na missa de um ano em memória a sua partida. Muitas lembranças, muitas lágrimas, muita tristeza e muita reflexão ... mas de alguma forma um conforto poder estar perto de sua família e seus amigos. Estar próxima da Denise e das crianças, me faz sentir o Alexandre mais perto ... me faz sentir abençoada por ter tido a amizade dele. Manter esta amizade pela Denise e pelas crianças é quase uma forma de agradecimento a tudo o que este grande amigo sempre fez por mim. Acompanhar o crescimento das crianças, comemorar a sua evolução foi a melhor forma que eu encontrei de dizer obrigada.

Com o tempo, esta dor deve diminuir, as lembranças serão apenas memórias e a tristeza vai virar só saudade. Neste dia, quero poder olhar as crianças, talvez já crescidas, e contar a elas sobre a pessoa maravilhosa que seu pai foi ... e o quanto eu fui feliz por ter sido amiga dele.

E, ainda emocionada e sensibilizada pelas lembranças desse grande amigo, fui para um final de semana encantado. Muito riso, muita diversão, muita alegria, muito sol e piscina. Estamos todos acabados, precisando dormir uma semana seguida para nos recuperar do final de semana agitado. Mas feliz em sentir que saio de um encontro de amigos.
Unidos pela escola em comum de nossos filhos, formamos uma turma animada e alegre, sempre pronta para nos apoiar um aos outros. Tenho dois filhos, que já passaram por diferentes turmas de escolas ... mas esta é uma turma diferente. Meu pequeno já saiu da escola, já tem outra turma de colégio ... e eu fico muito feliz em ainda fazer parte desta turma encantada.

Sempre digo que este encontro de mães não foi por acaso. Esta é uma turma especial, formada por pessoas muito queridas. Eu tenho uma satisfação enorme em perceber que mesmo depois de um ano fora da turminha da escola, continuamos juntos e no coração desta gangue dos vermelhinhos. Amigos que levo no coração, momentos memoráveis que tivemos este final de semana ...

E termino a semana reverenciando os bons amigos. E tendo a certeza de que os meus amigos são mesmo o maior tesouro de minha vida. E viva os amigos!!!!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Conectada a Cultura Japonesa




Esta semana, a Natália decidiu que quer apresentar uma dança japonesa no show de talentos na casa da amiguinha .... e lá fui eu, procurar uma música japonesa, lembrar da coreografia, e ensinar pra ela .... "Haru yo koi ... hayaku koi ..."

E junto com a coreografia que ainda está na minha cabeça, vieram várias lembranças ... de todos os taikais que participei, dos bastidores, das viagens, dos ensaios ... e muito, mas muito da minha mãe.
Minha mãe sempre gostou muito de dançar, e mesmo nos últimos anos afetados pelo Alzheimer, ela ainda dizia que estava ocupada com os ensaios de odori.

Nesta época, eu não pensava muito no que podia acontecer depois que eu me tornasse adulta ... tudo parecia tão intenso, tão duradouro ... achava natural ter taikai todo final de semana, ir de uma cidade pra outra .... coloca kimono .... "ai, tá muito apertado!" ... brigava com a minha mãe porque meu cabelo não tinha ficado como eu queria ... "não faz maquiagem branca ... fico parecendo um fantasma!!!!" .... como eu implicava com tudo!!!!

Aliás, perfeccionismo herdado pela leonina maior da casa ... a minha mãe gostava de tudo perfeito! Nada podia ser mais ou menos ... e esta herança me persegue até hoje, no trabalho, no casamento, com meus filhos ... tento pegar mais leve com as crianças, mas quando vejo, estou corrigindo a lição errada, apagando para fazer de novo, "desta vez caprichado!".

A minha mãe gostava tando de odori, que se dispôs a ir até Santa Rita do Sapucaí, me vestir para eu dançar no festival da academia de dança da cidade ... acho que foi a última vez que eu vesti kimono. Depois disso, me afastei de qualquer atividade da cultura japonesa ... a correria da minha vida adulta não deixou muito espaço para isso ... e aqui em Campinas, nunca me interessei em frequentar os clubes da colônia.

Mas agora, vendo a Natália se interessar, e me pedindo para ensinar a dançar uma dança japonesa, um orgulho enorme invade meu coração e parece que entendo um pouco todo o orgulho que a minha mãe sempre demonstrou por mim. Como ela inflava o peito cada vez que alguém me elogiava ... dizia sem nenhuma modéstia que eu gostava tando de dançar que estava ficando cada vez melhor.
Nos passos da dança da Natália, sinto a minha mãe mais perto, e grita dentro de mim uma necessidade de resgatar esta conexão com a cultura japonesa ... como se não pudesse deixar morrer estra tradição ...

E nas músicas japonesas que estão no meu iPod ... e nas novelas japonesas que eu acompanho ... sinto um pedacinho da minha mãe me guiando, me lembrando o valor e a importância de manter um pouquinho da tradição japonesa nesta correria do meu mundo de adulta.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Respeito ... como perpetuá-la?




Estes dias, lendo alguns posts e revendo alguns episódios da minha vida, me peguei pensando sobre índole e caráter ... como ensinar aos meus filhos os verdadeiros valores desta vida, num mundo tão competitivo onde todos querem tirar o máximo de proveito de qualquer situação?

Como ensinar a não furar fila, a pegar o lixo do chão e jogar na lixeira, a ser gentil com o porteiro do condomínio, se quem não faz nada disso está por aí, convivendo conosco do mesmo jeito?
E pra mim, tudo isso está diretamente ligado a coisas mais sérias como não prejudicar o outro, respeitar os mais velhos, não ter preconceito, respeitar os animais.

Assustada diante de notícias como a do aluno que atacou o professor, olho ao meu redor e vejo as pequenas coisas que estão erradas, mas são aceitas porque não são graves.
Receber um troco a mais na padaria é permitido porque são centavos? Outro dia o frentista me agradeceu pela minha honestidade ... e alguém precisa agradecer pela honestidade? Ser honesto não é obrigação do cidadão?

Deixar o idoso passar a sua frente na fila não deveria depender só de lei, tento ensinar isso aos meus filhos ... e me deparo com um casal de namorados felizes (e jovens e saudáveis!) estacionando na vaga reservada a idosos e deficientes.

Alguém já me disse, as crianças aprendem por exemplo. Mas num mundo onde a gente vê diariamente na TV políticos desonestos ditando as leis do país, só o meu exemplo será suficiente?
Alguém já me disse também que eu sou certinha demais, que eu não aceito nem admito nem pequenos deslizes. Verdade, sou rígida demais, sou controladora demais ... mas continuo dizendo, pra mim não tem diferença entre o aluno que matou a professora e a criança que falta com respeito aos avós. A gravidade pode ser diferente, mas a falta de respeito precisa ser contida por menor que seja.

Não achei ainda a solução pra isso, mas quero acreditar que tenho ensinado por meio de bons exemplos, os meus filhos a terem caráter. Olho com orgulho e às vezes até uma lágrima nos olhos quando eu os vejo pegar um lixo no chão e jogar na lixeira. Ou quando eles se indignam também com pessoas jovens parando o carro na vaga de idosos.
Tento ensiná-los diariamente a dizer "Bom dia" e "Obrigado".
Repreendo-os quando acho que não agiram com respeito suficiente a adultos a seu redor.
Fico brava quando vejo que eles agiram sem pensar nos amigos.

Mas, ainda assim, fica a insegurança ... num mundo tão competitivo como este, só isso é mesmo suficiente?

domingo, 9 de outubro de 2011

Ciclo da vida ... como se acostumar?




Depois de muitos pedidos da Nat, fiz yakisoba hoje ... receita da mamãe, lógico!
Enquanto eu picava os legumes, lembranças e memórias tomavam conta da minha cabeça ... e das minhas lágrimas!
Lembranças da mamãe na cozinha, picando os mesmos legumes .. e eu sentada no banquinho, enchendo-a de conversas .... ou lembranças dela no kaikan, eu chegando e dizendo que queria o yakisoba, mas tinha que ser o dela, porque não queria nenhum yakisoba preparado por outras mãos ....

Mãe, hoje em algum lugar do paraíso ou de onde você estiver, você deve estar dando risada quando ouve a Nat dizendo, depois de comer yakisoba em algum restaurante, "ai que vontade comer o yakisoba da mamãe ....".
Lembro claramente quando você me proibiu de comer yakisoba fora de casa, porque eu dava mais trabalho ainda pedindo pra você fazer o SEU yakisoba.
Pois é ... parece que a Nat aprendeu esta lição ... sofro do mesmo mal agora ... não sei se dou risada, ou se também a proíbo de comer yakisoba fora de casa.

E hoje, no meio das minhas lágrimas e lembranças, senti doer mais uma vez a dura realidade de ter que aceitar o ciclo da vida ... uns terminam suas missões neste mundo e se alçam para novas missões ... e nós, que ficamos aqui pra terminar nossa missão neste mundo, temos que nos acostumar a viver sem aqueles que nos deixam ... nos alegrando com a chegada de novos membros na família, e nos acostumando a viver sem o abraço dos que nos deixaram.

Difícil aceitar isso ... nosso egoísmo é grande demais para simplesmente aceitarmos isso.
Saudade ... dói demais ainda a saudade ... falta da minha mãe e falta do Alexandre ainda dói demais ... pensar que nunca mais poderei abraçá-los, que nunca mais ouvirei suas vozes e seus conselhos.
As lágrimas não param de correr ... a dor se instaura no meu coração ... e o que me acalma é o abraço forte e sincero das crianças ... abraçar a Nat e o Ti acalmam meu coração ... como algo que me diz que a vida se recicla no amor destas crianças ... é como se o amor da minha mãe se revivesse no amor que se instaura no meu coração pelos meus filhos.
Também é assim quando eu vejo o Caio e a Nina ... é como seu minha amizade pelo Alexandre se renovasse cada vez que os pego no meu colo.

Pois é ... o Felipe está a caminho, a Manu enche nossos dias de alegria.
Nesta felicidade vivida com as novas vidas que chegam a este mundo, rindo das gracinhas da Nat e do Ti, vamos vivendo nossas vidas sem a batian, na esperança de nos acostumar a viver sem ela, aceitando o novo ciclo de vida, e tentando entender porque pessoas nos deixam, limpando as lágrimas e vivendo um dia de cada vez, orando diariamente para que eles, mamãe e Alexandre, estejam evoluindo em suas novas vidas a cada dia, e que nos protejam de onde quer que estejam.

Mamãe, Alexandre, recebam minhas orações e continuem iluminando nossas vidas.
Aqui da Terra, eu prometo continuar lutando diariamente por um mundo melhor para nossos filhos, com a lembrança de suas memórias e tentando aprender a viver sem vocês.
Suas vidas certamente deixaram um legado ... e no meio de saudades, tento viver este legado, com a certeza de que vocês continuam vivos em meu coração.....

domingo, 4 de setembro de 2011

Melhores amigos ... quantos cabem no coração?




As crianças começaram com "meu melhor amigo" ... "melhores amigas para sempre", e recentemente, ambos tiveram amigos que mudaram de cidade, de escola. Para amenizar um pouco a tristeza deles, contei pra eles dos meus melhores amigos que foram para longe, que eu não vejo há anos, mas que o carinho que eu sinto por eles é para sempre ... o lugar no coração fica guardado para sempre.

E, relembrando todos os meus melhores amigos que tive, resolvi escrever esta homenagem a todos eles. As minhas primeiras melhores amigas que eu tenho lembrança, eu devia ter mais ou menos a idade da Nat. Eram duas irmãs, eu com idade bem no meio das duas, nós três sempre juntas. Férias e finais de semana, ou eu estava na casa delas, ou elas estavam em casa. Não as vejo há anos, e graças à geração Rede Social, acompanho de longe as suas conquistas, aprecio com carinho seus filhos por fotos, e mesmo por frias palavras no computador, tento mandar o calor do carinho que vem do meu coração ... e fica a certeza .... mesmo depois de tantos anos, existe um lugar reservado no meu coração para elas.

Outros melhores amigos marcaram minha vida depois disso, como esquecer da MIFADECA, e mais tarde da Art&Manha. E a GP, Garotas de Programa? Estas pessoas estão, literalmente, distribuídas pelo globo, algumas delas nem tenho mais notícias, algumas já estão com filhos adultos, já não sei mais quais felicidades eles vivenciam, nem quais tristezas eles enfrentam. Mas tem um lugarzinho no meu coração para cada um deles.

E nestas minhas lembranças, comecei a pensar ... como surge uma amizade verdadeira, qual o real significado dos melhores amigos? E percebi que eles surgem de encontros que parecem ter sido desenhados por alguma mão divina.
Que até mesmo num ambiente competitivo de trabalho ou no cursinho pré-vestibular, surgem pessoas com a qual nos ligamos numa linha muito mais forte do que tempo e espaço. É um verdadeiro encontro de almas.

E quando começa apenas com a parte social, como mães dos amigos dos seus filhos, e de repente viram seu maior ponto de apoio, trazem gargalhadas e adoçam sua vida com a graça e leveza que apenas os melhores amigos conseguem proporcionar a sua vida? Esta é a Liga das Mães dos Vermelhinhos.

Ainda tento me recuperar e sobreviver a falta que um destes melhores amigos faz na minha vida. A morte do Alexandre abriu um buraco enorme no meu coração ... preferia que ele apenas tivesse longe, preferia que ele apenas tivesse ido para outro lugar, e que eu tivesse acompanhando suas conquistas pela rede social ... mas ele foi para um lugar que eu não alcanço, então quando a saudade bate forte, preciso ir buscá-lo no lugar que ele ocupa no meu coração e me alimentar de lembranças. E fico feliz por ter estas lembranças, fico feliz de tê-lo tido como melhor amigo, por poder guardá-lo no meu coração.

E quando eu penso em todos estes melhores amigos que eu tenho, sim pois ainda os tenho todos no meu coração, vejo como eu sou uma pessoa abençoada. Em todos estes anos, acumulei muitos amigos e muitas lembranças. Esta riqueza é maior do que qualquer ouro, do que qualquer tesouro. Para todos os amigos que eu não vejo há muito ou pouco tempo, queria que vocês soubessem que existe um lugar no meu coração reservado para cada um de vocês ... e para os novos amigos, vamos tomar um chopp no próximo feriado? Porque ainda tem muito espaço no meu coração para novos e melhores amigos.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pai é tudo de bom!




Hoje foi a celebração do dia da Família em homenagem ao Dia dos Pais na escola das crianças. Lindo e emocionante como sempre, em um determinado momento, enquanto todos cantavam "Você, meu amigo de fé, meu irmão camarada ..." as lágrimas caiam em meu rosto sem pedir licença. Como o Tiago já tinha me autorizado a chorar: "Se você quiser, pode chorar ...", não me importei com as lágrimas e me perdi nas minhas emoções.

Lembrei do meu pai, sempre presente, sempre inteligente, sempre pronto pra ajudar. Eu lembro quando dizia "Espero que o meu marido seja tão bonzinho quanto o papai..." e abro o olho das minhas lembranças e vejo ali, do meu lado, abraçado às crianças, o pai que eu escolhi pros meus filhos.

Pai não é de escandalosas demonstrações de amor, quem faz isso é mãe ... quem sufoca os filhos de beijos é mãe ... quem diz 535 vezes por dia que ama os filhos é mãe ... pai parece não precisar disso ... eles amam e pronto! Eles estão sempre por perto, prontos para amparar, ajudar, abraçar os filhos. E basta que os filhos saibam o quanto eles os amam, ninguém mais. Eles parecem não ter necessidade de gritar aos quatro ventos o quanto eles os amam, que já não conseguem mais se imaginar sem eles.

E hoje, vendo as crianças cantando com os olhos cheio de amor para estes pais, confesso que tive uma pontinha de inveja deles ... tanto amor na voz das crianças, tanto amor no abraço das crianças, e eles continuavam com o olhar sereno de um pai, sem a necessidade de uma escandalosa demonstração de amor. Eu respondi a tudo isso sufocando meus filhos de beijos ... e dai que é Dia dos Pais? Mãe pode sufocar os filhos de beijos e ponto!

E é com toda esta emoção no coração, que eu desejo a todos os pais do mundo um domingo lindo e com muita muita alegria. Não vou poder abraçar meu pai pessoalmente, mas fico feliz em saber que ainda poderei ligar pra ele e desejar Feliz Dia dos Pais. Sei que vai ser uma conversa curta, ele vai responder Obrigado e a conversa não vai perdurar muito, mas sei que o que nos une é muito maior e mais grandioso do que isso. Sei que nossos corações estarão ligados amanhã, e para sempre.

Sou feliz demais por ter nascido filha do meu pai. Não receio nem um pouco admitir que ele é de longe, o melhor pai do mundo, e agradeço demais por todo amor e exemplo que recebi dele. Exemplo que me fez encontrar sim um marido tão bonzinho quanto o papai .... e olhando hoje meus filhos abraçados ao seu pai, tenho a certeza de ter escolhido também para os meus filhos o melhor pai do mundo.

Feliz Dia dos Pais!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Addicted to Jdramas



Durante a minha adolescência, assisti a várias novelas japonesas. Ainda morava com os meus pais, ainda falava japonês com a minha batian. "Furyoshojo to yobarete" era o meu favorito, sobre uma gangue de meninas, algo bem diferente da imagem que eu tinha de novela japonesa.

Depois, faculdade, trabalho, casamento e filhos ocuparam meu tempo e nunca mais tinha assistido a estas novelas. Algumas vezes, em férias na casa da minha mãe, assisitia um ou outro capítulo, mas deixei de acompanhar novelas, em qualquer idioma. Por falta de tempo, ou de interesse, parei de assisti-las.

Alguns anos atrás, meu cunhado e minha irmã chegaram com uma novela, muito bonita segundo eles, um exemplo de vida. O nome? "1 litro de lágrimas" ou "1リットルの涙". Sobre uma menina de 15 anos que descobre uma doença degenerativa incurável e a novela mostra os 10 anos seguintes de luta e amor na vida desta adolescente entrando na vida adulta. Novela para chorar rios de lágrimas, conforme o nome sugere.

Como nas férias não deu tempo de assistir todos os capítulos, voltei pra casa e procurei na Internet. Descobri, ou redescobri, uma nova paixão. As novelas japonesas, ou Jdramas. Terminei de assistir "1 litro de lágrimas", chorei mais alguns litros de lágrimas e fui pesquisar sobre os artistas e outras novelas. Cheguei no também dramático "Taiyou no Uta" com a mesma atriz (Sawajiri Erika), no polêmico "Last Friends" com o mesmo ator (Nishikido Ryo) e aos poucos fui entrando neste mundo.

Por que eu gosto tanto? Não sei direito. Talvez porque eu lembre da minha mãe assistindo estas novelas. Talvez porque me traz de volta a cultura japonesa que eu tinha deixado um pouco de lado nos últimos anos. Talvez porque estas novelas trazem uma mensagem forte de que a vida vale a pena. Em várias novelas, principalmente naquelas que o personagem principal morre (como diz a Nat, toda novela morre alguém?) e a gente derrama rios de lágrimas, ouvi várias vezes "Sou feliz por poder ter vivido estes anos junto a você."

Isso sempre me toca muito. Perdi duas pessoas muito queridas em um ano. Minha mãe, única e maravilhosa, fonte de inspiração e admiração eterna. E um grande e querido amigo, que nos deixou de uma hora pra outra, de forma repentina. Duas perdas enormes, aperto no coração, perdas irreparáveis.

E quando acaba uma novela, limpo minhas lágrimas e penso que valeu muito a pena ter nascido filha da minha mãe, e ter encontrado alguém como o Alexandre no meu caminho. Apesar da dor da perda, escolheria passar tudo de novo ao lado deles.

E vou seguindo assistindo algumas novelas antigas e acompanhando a temporada atual ... ansiosa pelo início da temporada de verão .... lembrando da minha mãe, lembrando das novelas que a gente assistia juntas.

domingo, 22 de maio de 2011

Tricot ... com amor


É ... parece que o verão foi mesmo embora.
E estes últimos dias gelados tiraram do armário jaquetas, blusas, botas e cachecóis ... ah, os cachecóis!!!! Simples acessórios, mas cada cachecol do meu armário tem uma história, uma lembrança.

Tem os que a Hi e a Sel fizeram, naqueles anos de intensa produção delas ... ah, Carol, seus anos de cursinho renderam lindos adornos pro meu pescoço! Tem o que a mamãe fez quando o Tiago nasceu ... quase 5 anos depois, continua lindo ... aquecendo meu pescoço e o meu coração com as lembranças da mamãe tricotando o cachecol.
Tem os que eu mesma fiz, juntando linhas e agulhas ... menos preocupada com a produção final e mais querendo esvaziar a mente de preocupações e só ocupar as mãos ... alguns bonitos trabalhos foram produzidos desta tricoterapia.
E o mais novo exemplar do meu guarda-roupa (que aliás, acabei de descobrir com a Nat que continua com hífen), o cachecol que eu ganhei da minha filha linda no último Dia das Mães.
Herdando a habilidade da família, a pequena da família também leva jeito pra coisa. E neste final de semana, ela quis aprender a tricotar (o cachecol do Dia das Mães foi feito de crochê).

E, ensinando a Nat a tricotar, me perdi e me encontrei nas minhas lembranças ... entre pontos perdidos e os pontos que "deram cria", lembrei do meu processo de aprendizagem. Um colete amarelo foi minha primeira produção, e acho que até outro dia ele ainda "rolava" pelas coisas em casa.
Hoje, sentada no sofá, eu e minha pequena, juntas na arte de tricotar, lembrei dos vários dias que passei do lado da mamãe tricotando, cada uma com o seu tricot na mão, criando lindas obras de arte.

E a partir de hoje, cada vez que eu vestir um cachecol, feito pela mamãe, por mim ou pelas minhas irmãs ... e agora, também pela minha filha, vou lembrar não só da história deste acessório, mas também do grande amor que ele carrega. Amor de quem fez, amor de quem ensinou, amor que atravessa gerações, amor herdado na habilidade das mãos.
E vendo o cachecol que sai das mãos da Nat, tenho a certeza de que as mãos habilidosas da mamãe ficarão vivas na herança desta família ... mãe, você deixou mesmo o seu legado .. até nos cachecóis ... te amo pra sempre!

domingo, 8 de maio de 2011

母の日 - quanta saudade!




Hoje foi um dia muito feliz. Ganhei abraços apertados dos meus tesouros, ganhei presente, passei o dia com pessoas muito queridas, pude dar Feliz Dia das Mães pra minha madrinha querida.
Mas alguma coisa estava vazio no meu coração ... faltava alguém pra ligar no final do dia, faltava ouvir a sua voz do outro lado do telefone, faltava você!

Voltando pra casa hoje a noite, lembrei de todos aqueles anos em que trabalhamos juntas no Dia das Mães ... como você trabalhava duro no seu dia, né?
O dia começava cedo ... eu acordava meio tonta, te dava parabéns pelo seu dia, meio dormindo, meio tentando acordar ... e a gente passava o dia inteiro no cemitério vendendo flores, eu mal via você o dia inteiro.

E à noite, mesmo depois de um dia cheio e cansativo, você sempre fez questão de me levar a rodoviária. Quanta saudade ... de olhar pra você de dentro do ônibus, me dando tchau, esperando até o ônibus sair da rodoviária.

Me despedir de você sempre foi difícil, mas a força que você sempre me passou com o sorriso e me dizendo "がんばって!" me fazia ser mais forte e superar as lágrimas. Afinal, eu não podia e não queria te decepcionar.
Acho que naquela época, eu nem imaginava um Dia das Mães sem você.

E hoje, neste dia dedicado às mães, só posso querer mais uma vez ser mais forte e tentar ser uma mãe perto do que você já foi. Espero ter aprendido tudo o que você sempre me ensinou e conseguir passar um pouco disso tudo para os meus filhos.
E como disse a Nat hoje "se você perdeu a sua mãe, é só procurar!" ... e eu percebi que eu não te perdi. Você continua no meu coração, nas minhas lembranças, na minha saudade.

Vou te amar pra sempre, e lembrar sempre de todos aqueles Dia das Mães que trabalhamos juntas, e do esforço sem igual que você fazia pra me levar à rodoviária quando o que você mais queria era deitar na sua cama pra descansar..... saudade, mãe!

domingo, 24 de abril de 2011

Domingo de Páscoa ... quanta comilança!

E assim termina o feriado ... que começou com o dia de Tiradentes e termina hoje com o domingo de Páscoa.

Todo feriado tem o seu significado, deveria ser para comemorar alguma coisa importante, ou refletir sobre algo importante, mas no fim das contas, vira só um feriado ... dias seguidos para descansar, brincar com as crianças, e uma desculpa para a comilança. Ovos de páscoa, chocolates, cardápios especiais pro almoço ... estou desde quinta feira fazendo refeições calóricas.

E no final deste domingo, muitas calorias a mais, tristeza natural de domingo à noite, sobrou um sentimento intenso de reflexão que me trouxe aqui pra escrever um pouco.

Hoje é um dia de renascimento, comemoramos o dia da ressurreição de Jesus Cristo. Mas exatamente o que isso significa? Penso que diariamente temos que renascer. Acordar para mais um dia, ensolarado ou chuvoso, mas mais um dia. O milagre de poder acordar todos os dias é por si só um motivo enorme para estarmos felizes.

Um dia de trânsito caótico, correria na hora do almoço pra deixar as crianças na escola, agenda lotada no trabalho, uma discussão com o marido por besteira, uma briga com as crianças porque elas não obedecem, uma chateação porque a empregada estragou aquela sua blusa favorita, um desentendimento com o chefe por um mal entendido ... ufa!

Mas graças da Deus eu tenho o privilégio de acordar mais um dia para poder enfrentar tudo isso ... e ganhar aquele sorriso dos meus filhos seguido de um abraço que só eles sabem dar, abraçar meu marido feliz em tê-lo do meu lado, ganhar "Bom dia" de várias pessoas legais no trabalho ... e poder a cada dia agradecer por mais um dia que termina e pedir forças pra enfrentar um outro dia amanhã.

Este renascimento diário não é mesmo um milagre?
Estarmos vivos todos os dias é gratificante.
Ver meus filhos crescendo, um pouquinho todo dia, não tem preço.
Por isso, Páscoa ou não, este domingo me fez refletir um pouco sobre o maravilhoso momento de acordar todos os dias ... e posso dizer que sou muito feliz em terminar este domingo agradecendo por poder esperar a segunda feira, terrivelmente maravilhosa segunda feira. Sim, que venha a segunda feira, que venha a semana ... com todos os problemas que a semana pode trazer.

E vamos escolher renascer hoje, na Páscoa, e todos os dias ... Bom início de semana!

sábado, 23 de abril de 2011

Pra começar ...

Faz tempo que eu tinha pensado em começar a escrever ... faltava tempo, assunto, disposição ... mas faltava mesmo era coragem, de encarar colocar pra fora o que reina na minha cabeça, de pensar que isso poderia ser lido por várias pessoas que não me conhecem, de ter que encarar tudo que está bagunçado na minha mente e converter em palavras ... será que eu dou conta?

Bom, resolvi encarar!

Não sei direito ainda sobre exatamente o que eu vou escrever.
Sobre a difícil arte de criar filhos? Sobre conciliar a loucura de educar crianças e trabalhar o dia inteiro? Sobre o meu mais novo vício de assistir novelas japonesas, que a gente chora do início ao fim? Sobre a saudade enorme que eu sinto da minha mãe e não consigo explicar porque dói tanto?
Acho que sobre um pouco disso tudo. Ou nada disso, nem sei se vou conseguir ter alguma regularidade nos meus posts.

Então, antes de mais nada, vou me apresentar ....
Tenho 38 anos, casada, 2 filhos.
Sou uma pessoa muito feliz, apesar de todas as dificuldades do dia-a-dia.
Tenho um marido maravilhoso, que como qualquer príncipe encantado da vida real, vira sapo vez ou outra ...
Tenho 2 filhos fantásticos ... realmente os melhores filhos do mundo ... mas que me deixam louca todos os dias, testando meus limites e insistindo em não me obedecer até o meu "último aviso".
Trabalho num lugar legal, com pessoas ótimas, mas sofro uma pressão enorme por resultados ... nem sei mais se a pressão é da empresa ou se é pressão minha mesmo.
Meu pai é sensacional ... minha mãe nos deixou de repente no ano passado, mas tenho certeza de que ela me olha e protege de onde ela está ... meus irmãos são muito companheiros, apesar deles me tratarem como a caçulinha até hoje e não terem respeito nenhum por mim, me deram 7 sobrinhos lindos e perfeitos.

Acho que na verdade mesmo, resolvi começar a escrever pra agradecer tudo de bom que eu tenho na minha vida.
Percebi que eu tenho duas escolhas: escolher olhar o que está ruim, e chorar com dó de mim mesma, ou escolher agradecer o que está bom encarando todas as dificuldades de todos os dias. Escolhi a segunda opção e o início deste blog tem muito a ver com esta decisão.

Bom, o nome do blog está em japonês porque este foi um mundo para o qual voltei recentemente (principalmente depois da morte da minha mãe) e que voltou a despertar um interesse enorme em mim.
Por isso, vou terminar este post com mais uma expressão em japonês ....
よろしくお願いします。