terça-feira, 11 de outubro de 2011

Respeito ... como perpetuá-la?




Estes dias, lendo alguns posts e revendo alguns episódios da minha vida, me peguei pensando sobre índole e caráter ... como ensinar aos meus filhos os verdadeiros valores desta vida, num mundo tão competitivo onde todos querem tirar o máximo de proveito de qualquer situação?

Como ensinar a não furar fila, a pegar o lixo do chão e jogar na lixeira, a ser gentil com o porteiro do condomínio, se quem não faz nada disso está por aí, convivendo conosco do mesmo jeito?
E pra mim, tudo isso está diretamente ligado a coisas mais sérias como não prejudicar o outro, respeitar os mais velhos, não ter preconceito, respeitar os animais.

Assustada diante de notícias como a do aluno que atacou o professor, olho ao meu redor e vejo as pequenas coisas que estão erradas, mas são aceitas porque não são graves.
Receber um troco a mais na padaria é permitido porque são centavos? Outro dia o frentista me agradeceu pela minha honestidade ... e alguém precisa agradecer pela honestidade? Ser honesto não é obrigação do cidadão?

Deixar o idoso passar a sua frente na fila não deveria depender só de lei, tento ensinar isso aos meus filhos ... e me deparo com um casal de namorados felizes (e jovens e saudáveis!) estacionando na vaga reservada a idosos e deficientes.

Alguém já me disse, as crianças aprendem por exemplo. Mas num mundo onde a gente vê diariamente na TV políticos desonestos ditando as leis do país, só o meu exemplo será suficiente?
Alguém já me disse também que eu sou certinha demais, que eu não aceito nem admito nem pequenos deslizes. Verdade, sou rígida demais, sou controladora demais ... mas continuo dizendo, pra mim não tem diferença entre o aluno que matou a professora e a criança que falta com respeito aos avós. A gravidade pode ser diferente, mas a falta de respeito precisa ser contida por menor que seja.

Não achei ainda a solução pra isso, mas quero acreditar que tenho ensinado por meio de bons exemplos, os meus filhos a terem caráter. Olho com orgulho e às vezes até uma lágrima nos olhos quando eu os vejo pegar um lixo no chão e jogar na lixeira. Ou quando eles se indignam também com pessoas jovens parando o carro na vaga de idosos.
Tento ensiná-los diariamente a dizer "Bom dia" e "Obrigado".
Repreendo-os quando acho que não agiram com respeito suficiente a adultos a seu redor.
Fico brava quando vejo que eles agiram sem pensar nos amigos.

Mas, ainda assim, fica a insegurança ... num mundo tão competitivo como este, só isso é mesmo suficiente?

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